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D. Maria I

D. Maria I (n. em Lisboa a 17 de Dezembro de 1734, m. no Rio de Janeiro a 20 de Março de 1816), primeira rainha reinante e vigésimo sexto na linha de monarcas de Portugal, filha primogénita do rei D. José I e de D. Mariana Vitória, cognominada A Piedosa ou A Pia, devido à sua religiosidade.


O reinado de D. Maria I é marcado por um período de reformas que constitui uma reacção contra o governo do Marquês de Pombal, o que levou J. Veríssimo Serrão a defender a ideia de que a figura da Soberana é mais um reflexo dessa época de contestação do que propriamente uma personalidade concentradora de uma autêntica acção governativa. Todavia, este é um período próspero que concretiza uma modernização estrutural e institucional, o que levou a que se apelidasse este ciclo de mudanças de “a Viradeira”.

Desta forma, foram implementadas medidas de fomento económico e de contenção de despesas, modernizando-se também o exército e a marinha de guerra.

A actividade diplomática conheceu também novo impulso, com a realização de tratados internacionais numa época em que grandes convulsões transformaram o mapa político do continente e do mundo. Na verdade, a situação de Portugal era complexa devido à aliança com a Inglaterra, que impossibilitaria ficar à margem dos conflitos europeus. Ainda assim, é de relevar a manutenção da neutralidade na guerra de independência dos Estados Unidos.
 
No entanto, o estado mental de D. Maria padecia de cuidados e, se a princípio a sua condição gerava preocupação, a partir de 15 de Julho de 1799 é forçado D. João a assumir a regência do Reino, uma vez que a doença da Rainha se agravara e era tida como incurável pelos médicos. Finalmente, a 27 de Novembro 1807, e perante a ameaça francesa, a Família Real parte para o Brasil, onde D. Maria morrerá em 1816.


D. Maria I e as visitas a Alcobaça em 1782 e 1786

A primeira visita da Rainha D. Maria I ao Mosteiro de Alcobaça aconteceu no dia 19 de Setembro de 1782. Apesar de ter passado apenas algumas horas na Abadia, deixou a promessa de regressar. Esta visita, ainda acompanhada pelo Rei D. Pedro III, serviu de pretexto para o Abade D. Manuel de Mendonça solicitar autorização para a transferência dos Túmulos de Pedro e Inês para o futuro Panteão Régio, projecto da autoria de Guilherme Elsden.

Em 1786, volta, então já viúva, para cumprir o prometido e inaugurar o Panteão Régio no braço Sul do Transepto da Igreja.

A Família Real fica cinco dias alojada nas diversas salas do Claustro da Hospedaria, na Ala Norte do Mosteiro.

A permanência em Alcobaça terá permitido também a visita ao Mosteiro da Batalha, a Aljubarrota e Marinha Grande.

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